sexta-feira, 12 de setembro de 2008

XXV Semana da Pastoral Social

Decorreu em Fátima, no Centro Pastoral Paulo VI, nos dias 9, 10 e 11, a XXV Semana da Pastoral Social - I Congresso Nacional de Pastoral Social.
A Coordenação Nacional da Pastoral Penitenciária esteve também presente, uma vez que se integra na Comissão Episcopal da Pastoral Social, presidida por D. Carlos Azevedo.
Foi representada com uma comunicação do Coordenador Nacional - P. João Gonçalves- que oportunamente se divulgará neste fórum, e com uma Exposição no foyer do Paulo VI, de material alusivo à Pastoral Penitenciária (publicações, iniciativas, estatísticas, actividades, etc.).
Estas semanas pastorais nasceram em 1983 com objectivo de formação dos agentes pastorais e comunidades cristãs para este campo - Social - que é determinante na linha do testemunho evangélico, da caridade e da solidariedade.
Estiveram presentes D. Carlos Azevedo, D. José Alves, D. Manuel Felício, D. Januário Torgal Ferreira, D. António Marto, D. António Francisco dos Santos, D. Gilberto Reis, entre inúmeros sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos (cerca de 300 pessoas no total) que tiveram o privilégio de, no encerramento, assitir á conferência sobre a "complexidade dos problemas e empenhamento na transformação do mundo" proferida pelo Cardeal Renato Raffaele Martino, Presidente do Concelho Pontifício Justiça e Paz e do Concelho Pontificio para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes. Afirmou o Cardeal Martino que "o terrorismo nasce onde há pobreza" e o "Compêndio da Doutrina Social da Igreja é a receita para os problemas da pobreza" e lembrou que "800 milhões de pessoas vão para a cama com o estômago vazio" e "250 milhões de crianças que não estão alfabetizadas", referindo a solidão e o trabalho precário como novas causas da pobreza, em especial nas cidades.
Nas palavras do antigo representante da Santa Sé junto das Nacções Unidas, "a igreja está na história mas ela nunca é da historia" e que "nenhum sistema pode faze-la prisioneira, nenhum regime pode domina-la, nenhuma situação pode condiciona-la completamente pois a sua missão é fazer fermentar a história sem separar-se dela" servindo-se da "pastoral social, com a qual anuncia que "não há salvação em nenhum outro" (Act 4, 12) a não ser no Senhor Jesus."
A pastoral social é assim "vida-acção da comunidade cristã ao serviço do mundo e o anúncio de novas relações sociais entre os homens", na qual os leigos têm "uma função particular e específica, que consiste em fazer encarnar a fé cristã nas opcções operativas concretas".
Defendeu que o direito à vida é o primeiro de todos os direitos e fundamento de todos os outros e que não fica circunscrito no âmbito biologico-médico e, dado que "a Igreja recebeu de Deus a tarefa do cuidado do homem na sua integralidade, a sua acção na sociedade deve incluir também uma pastoral dos direitos do homem, com o anúncio do fundamento transcendental da dignidade da pessoa, do qual brotam direitos absolutos que nunhuma organização ou assembleia humana tem o direito de negar."

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